Atletas com Síndrome de Down entram em quadra no Juventus

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No último sábado (07 de abril) o futsal do Clube Atlético Juventus entrou em quadra e o que menos importou foi o resultado do jogo. Antes das partidas válidas pelo Campeonato Metropolitano, um jogo entre o Moleque Travesso e a equipe do Corinthians, de atletas com Síndrome de Down, abriu a tarde de jogos.

O Juventus foi representado pelo Cantinho da Paz, que é um núcleo de apoio a pessoas com deficiência, localizado na Sapopemba. O projeto existe há 30 anos e hoje atende cerca de 92 pessoas.

Já o Corinthians é pioneiro no futsal para atletas com Síndrome de Down, como explica o técnico Cleiton.

“A parceria com o Corinthians já existe há dez anos. Tive a audácia de montar um projeto e apresentar para o Corinthians. Acreditamos em um sonho que ninguém acreditava: um clube de futebol poderia ter uma equipe com Síndrome de Down. É um segmento que vem crescendo no mundo todo. Hoje o projeto vem evoluindo bem, outras equipes de futebol também montaram seus times. O próprio Juventus sempre foi parceiro e abre espaço pra gente fazer os jogos”.

“É um trabalho de evolução. Há dois anos fizemos um trabalho com a torcida do Corinthians e a Gaviões começou a ir aos jogos e apoiar a equipe. Queremos mostrar que eles são capazes de competir e representar um clube. Montamos a primeira torcida Down organizada”, falou Cleiton.

Tradicional no esporte, essa não foi a primeira vez que o Juventus recebeu um jogo de Down, como conta o coordenador do futsal, Emerson dos Santos.

“No ano passado já tivemos um jogo aqui, e esse ano o Corinthians fez uma ação mais ativa nessa inclusão, então resolvemos organizar esse amistoso. Acredito que vamos ter boas novidades e queremos incluir uma equipe de Down aqui no clube. Já estamos conversando com a diretoria sobre essa possibilidade”, contou.

O presidente do Moleque Travesso, Domingos Sanches, acompanhou a partida e afirmou que apoia a inclusão dessa modalidade no clube.

“Estou emocionado. Não tenho palavras, pois vendo esses meninos sinto que temos a obrigação de colaborar para que eles possam conviver normalmente com a sociedade. Como presidente do clube me sinto em dívida. Percebi que temos que buscar patrocínio para que essa equipe possa continuar nos representando”, finalizou Sanches.